PRISIONEIRO DA SOLIDÃO

Tenho saudades daqueles amores de infância onde não avia malicia, ciúmes, ou maldade. Aquele amor de escola era aquela menina que me fazia ir pra escola.
Queria o recreio só pra estar junto dela correr ao seu redor sendo bobo pensando que ela me achava o máximo. Que saudades tenho daquela menina paulistinha!
Eu tinha os mais belos e inocentes sonhos, sonhava em leva lá ao cinema e aos domingos passear no parque tomando sorvete. E em um desses dias lhe daria um beijo, mas não seria um simples beijo. Seria um beijo que faria você pensar em mim da mesma forma que penso em você. Com esse beijo você estaria presa a mim.
Hoje posso descrever esse beijo como um selinho de segundos.
E ao caminho da escola iria roubando as mais lindas flores para presentear você.
Queria caminhar de mãos dadas com você pelos corredores da escola.
Você me fez sonhar e talvez você nem saiba disso.
Como disse um grande escritor indiano:
Os melhores e maiores sonhos são aqueles que sonhamos acordados.
Como eu odiava a escola e professores com pequenas e raras exceções.
Você tornou meu fardo mais leve e agradável com seu meigo o brilho de seus olhos e seu jeitinho todo delicado. Sempre ia pelo caminho mias difícil porque sabia que era o seu caminho. Sabia que era por ali que você passava pra ir pra sua casa. Sempre tinha uma desculpa por passar por aquele caminho, cada dia era uma desculpa diferente da outra. Na realidade era você, você que me fazia passar por aquele caminho que era o mais longe de casa essa que é a verdade.
Hoje a vida trilhou caminhos diferentes pra mim e pra você.
Sei que eu ainda vou encontrar você talvez na calçada, ou na areia da praia, em um restaurante, ou quem sabe no trabalho.
Talvez você nunca tenha estudado comigo ou nem conheça as escolas que estudei.
Mas o sentimento será o mesmo porque ele é verdadeiro e está aqui guardado pra você.